Com seus novos amigos, Hazel e Frank, Percy descobre que o deus da morte, Tânatos, está aprisionado e que Gaia pretende reunir um exército de gigantes para dominar o mundo e reescrever as regras da vida e da morte. Juntos, os três embarcam em uma missão aparentemente impossível rumo ao Alasca, uma terra além do controle dos deuses, para cumprir seus papéis na misteriosa Profecia dos Sete. Se falharem, as consequências, é claro, serão desastrosas.
A Trama: Uma das coisas que mais gosto nos livros do Rick Riordan é que eles são ideais para pessoas de todas as idades. Acho que o protagonista amadureceu bastante e, apesar de terem se passado apenas oito meses entre a série Percy Jackson e essa, a evolução do personagem é notável.
Como o livro anterior, O Filho de Netuno já começa com ótimas cenas de ação, com a diferença de que quem está sendo perseguido por monstros dessa vez é Percy, o protagonista atual. O início do livro é um pouco confuso, Percy não se lembra de quase nada sobre seu passado, Juno (Hera) se esforça para ser o mais enigmática possível, e todos os personagens que conhecemos melhor, parecem ter um passado misterioso e secreto. Adorei o acampamento romano, foi surpreendente, inesperado e tem o seu charme, apesar de eu ainda preferir os gregos.
A trama inteira se passa em menos de uma semana, mas consegue prender o leitor do início ao fim. Apesar de alguns trechos serem bem previsíveis, para mim essa trama é ainda mais interessante que a do livro anterior, porém prefiro Jason como protagonista - já estou meio cansada de Percy. O autor vai dando pistas do que está para acontecer e eu adoro tentar adivinhar, é muito divertido ir descobrindo tudo aos pouquinhos e tentar desvendar os mistérios. A mudança de cenário também torna o livro mais interessante e o final vai deixar qualquer leitor morrendo para ler A Marca de Atena, a continuação.
Os Protagonistas: Apesar de Percy ter mais espaço no livro, Hazel e Frank também são protagonistas e o livro é dividido em capítulos alternando o ponto de vista de cada um dos três. Já conhecia Percy muito bem pela série anterior, mas gostei de como o personagem parece mais velho e um pouco mais realista - ele perdeu aquela inocência juvenil. Hazel foi a minha personagem predileta. Ela conseguia ser um pouquinho irritante com sua mania de se sentir culpada por tudo, mas ainda me encantou com sua coragem. Desde o início, fica claro que a personagem tem um passado muito estranho e isso me intrigava.
Frank não combina muito com seu nome, mas não deixa de ser legal. Na minha opinião, ele foi o protagonista mais confuso, não tinha amnésia como Percy, mas sabia ainda menos sobre si mesmo que o outro garoto. Adorei a revelação que temos sobre sua família, e ainda estou amaldiçoando Juno por seu passado.
Os Personagens Secundários: Rick parece ter ouvido as críticas e criou personagens secundários interessantíssimos. A melhor, para mim, foi a harpia Ella, que é bem excêntrica, mas parece ser muito querida. Gostaria que Reyna, uma das líderes do acampamento romano, tivesse recebido mais espaço, pois prometia ser uma personagem magnífica.
Capa, Diagramação e Escrita: A ilustração da capa é linda, com uma cena do livro, mas sem dar spoilers. A diagramação estava ótima, só acho que o número das páginas ficou muito em cima, e não encontrei erros de revisão.
A escrita de Rick continua sendo ótima, ele consegue descrever os cenários perfeitamente e não sei como o autor tem uma imaginação tão incrível. Os diálogos pareciam simples demais às vezes, mas é totalmente compreensível se levarmos em conta que é um livro infanto-juvenil. O que mais me agradou é que o autor calcula muito bem sua trama, para que cada detalhe tenha importância, mesmo que naquele momento não possamos entender qual, não há nenhuma cena com a finalidade de 'preencher' o livro.
Concluindo: Adorei o livro! Os personagens são ricos em detalhes, a trama é incrível e convida o leitor a tentar desvendar seus mistérios e o final é surpreendente! Preciso ler A Marca de Atena o mais rápido possível, estou morrendo de ansiedade!
Quotes:
- E eu faria isso porque...?
- Porque é uma gentileza! - replicou ela. - E porque, se não fizer, os deuses morrerão, o mundo que conhecemos desaparecerá e todas as pessoas de sua antiga vida serão destruídas. Claro, você não se lembraria delas, então suponho que isso não tenha importância.
Hazel não sabia o que aquele comentário queria dizer, mas Percy a fazia lembrar-se de Jason, mesmo que os dois não se parecessem em nada. Eles possuíam a mesma aura de poder silencioso, além de um tipo de tristeza, como se tivessem visto o futuro e soubessem que era apenas uma questão de tempo até encontrarem um monstro que não fossem capazes de derrotar.
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